Nesse dia o francês Hippolyte Mourriés recebeu em Paris o registro de patente para desenvolver a produção de margarina como substituta da manteiga. Por causa dos problemas que enfrentou com a guerra teuto-francesa, ele não conseguiu aperfeiçoar a industrialização do novo produto.
Mourriés vendeu a patente a dois comerciantes holandeses de manteiga, que abriram a primeira fábrica de margarina.
Em 1867, época da industrialização na Europa, os camponeses que foram trabalhar nas fábricas instaladas nos centros urbanos costumavam fazer um lanche na hora do almoço. A maioria comia pão sem manteiga, um produto caro e escasso.
Devido ao crescimento populacional, não havia alimentos com gordura suficiente para suprir as necessidades diárias do organismo humano. Frente a esta realidade, o Imperador Napoleão III decidiu que era preciso criar um substituto para a manteiga, para que seu povo, e, especialmente, seus soldados e marinheiros, não consumissem só carne.
O químico Hippolyte Mège-Mouriés recebeu a incumbência de desenvolver um produto com gosto parecido ao da manteiga e contivesse gordura. Até ser encontrada uma solução, o novo alimento exigiu dois anos de pesquisas.
Finalmente, em julho de 1969, a mistura pôde ser patenteada. Tratava-se de uma pasta com emulsão de água em óleo, à base de gordura animal, composta de sebo, leite desnatado e úbere triturado.
Sua aparência lembra o aspecto brilhoso de uma pérola, e, por isto, recebeu o nome de margarina, em alusão à palavra grega "margaron", que significa pérola.
O caminho até a consolidação no mercado foi difícil. Muitos comerciantes vendiam margarina como se fosse manteiga. Como conseqüência, entrou em vigor, no ano de 1887, a lei da margarina, que perdurou por quase 100 anos.
A lei determinava que, dentro de um estabelecimento, a manteiga e a margarina deveriam ser especificadas e teriam que ficar bem separadas uma da outra. O nome "margarina" tinha que ser impresso com destaque na embalagem, com um grosso traço vermelho.
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