quarta-feira, 21 de julho de 2004

Personagem: Marshall McLuhan

Marshall McLuhan

Em 1911 nasceu o teórico da comunicação, Marshall McLuhan.

Criador da idéia de "aldeia global" trouxe para a educação novo enfoque, baseado em suas teorias sobre comunicação.

"Uma rede mundial de ordenadores tornará acessível, em alguns minutos, todo o tipo de informação aos estudantes do mundo inteiro". Em tempos de internet, essa frase é óbvia. Quando foi dita, há 27 anos, parecia extraída de um livro de ficção. O autor, um canadense chamado Marshall McLuhan, foi chamado de sonhador e louco.

Em 1964, McLuhan publicou um livro chamado “Understanding Media”, que, em português ganhou o título de “Os meios de comunicação como extensões do homem”. Ao publicá-lo, talvez não imaginasse que estava lançando um dos clássicos da comunicação.

A grande novidade do autor em relação à educação é o enfoque, baseado em suas teorias sobre comunicação. Acreditava que a maior parte da aprendizagem ocorre fora da sala de aula. Dizia que a quantidade de informações transmitidas pela imprensa excedia, de longe, a quantidade de informações transmitidas pela instrução e textos escolares.

Um de seus mais famosos conceitos é o de "aldeia global". Em seu livro “O meio é a massagem” afirma que "a nova interdependência eletrônica cria o mundo à imagem de uma aldeia global". Quando ele falou isso, a coisa mais parecida com internet que existia eram as redes de computadores militares norte-americanas. Computador pessoal era apenas um sonho, distante.

Uma das mais curiosas idéias de McLuhan é a de que "os meios de comunicação são extensões do homem". Assim como se usa uma pinça para aumentar a precisão das mãos e uma chave de fenda para girar um parafuso, os meios de comunicação seriam, na verdade, extensões dos sentidos do homem. Os óculos, por exemplo, são extensões do olho, a roupa é uma extensão da pele, a roda do carro é uma extensão do pé. Com a internet, pode-se falar em "relações virtuais", como se as máquinas fossem realmente capazes de sentir e pensar pelos seus operadores.

Muito antes de alguém falar em "aspectos lúdicos da educação", McLuhan já dizia que o estudo deveria ser uma atividade divertida. A escola, para ele, ainda não tinha percebido essa realidade óbvia. E completa: "É ilusório supor que existe qualquer diferença básica entre entretenimento e educação. Sempre foi verdade que tudo o que agrada ensina mais eficazmente".

Frase:
"A educação escolar tradicional suscita em nós o desgosto por qualquer atividade humana" (Marshall McLuhan)



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