De Johanne Jalifour e Sébastien Guy
Era uma vez, uma mãe e um pai coelhos que tinham muitos filhinhos de diferentes cores, pretos, cinzentos, castanhos, às pintas. Mas entre eles havia um, o mais pequeno, que era todo branco, branco como a neve. Esta família de coelhos vivia com outras famílias numa enorme floresta.
Às vezes, o coelhinho era deixado sozinho pelos seus irmãos e amigos só porque era todo branco. Ele era rejeitado porque era de uma cor diferente, e isso deixava-o muito triste. Às vezes, os outros gozavam-no porque ele era o mais pequeno. Diziam-lhe coisas desagradáveis, palavras que magoavam o seu pequeno coração. Quando chegava a noite, o coelhinho branco não conseguia dormir porque os seus irmãos o incomodavam. O pequeno coelhinho branco odiava isto e não sabia o que fazer. Ele sentia-se triste. Sonhava com uma vida melhor.
Uma manhã o coelhinho branco fartou-se e decidiu dar um passeio no meio da floresta. Enquanto caminhava, esperava encontrar alguém que o ajudasse a viver em paz. Depois de caminhar por muito tempo, o coelhinho branco passou pela toca de uma raposa. Ele sabia que a raposa era esperta, então decidiu pedir um conselho.
"Olá, Sra. Raposa. Eu sou o pequeno coelhinho branco e quero viver em paz. Pode dizer-me o que devo fazer?
Depois de ouvir a história do coelhinho branco, a Raposa disse-lhe:
"Acho muito bem que queiras viver em paz. Quando eu era jovem, não era tão esperta como sou hoje. O tempo ensinou-me a ser mais calma. Agora, quando estou numa discussão, respiro três vezes. Inspiro pelo nariz e expiro pela boca, imagino uma luz azul à minha volta, e isso ajuda-me a acalmar."
Contente com os conselhos, o coelhinho branco agradeceu à Raposa e partiu para a floresta. Um pouco mais à frente, conheceu a Sra. Coruja e decidiu pedir-lhe um conselho.
"Olá, Sra. Coruja! Eu sou o pequeno coelhinho branco e quero viver em paz. Pode darme um conselho?"
"Sabes, eu às vezes discuto. Mas tento sempre resolver o problema falando com a outra pessoa. Juntos encontramos a melhor solução."
O coelhinho branco agradeceu à Sra. Coruja e seguiu o seu caminho. Esbarrou então com o jovem Lince.
"Olá, Sr. Lince! Eu sou o pequeno coelhinho branco e quero viver em paz. Pode ajudar-me?"
O jovem Lince olhou para ele e disse:
"No passado, guardava as coisas que me incomodavam dentro de mim. Hoje, digo o que penso, o que quero e como me sinto. Além disso, pergunto aos outros o que eles querem e o como se sentem. Desta forma, posso viver em paz e os outros também."
O coelhinho branco agradeceu ao jovem lince e foi para casa. Mas antes encontrou os seus amigos que diziam coisas más porque era pequeno e de cor diferente. O coelhinho branco respirou fundo três vezes e imaginou uma luz azul à sua volta. Sentindo-se calmo, decidiu falar com eles. Perguntou-lhes porque faziam isso e disse-lhes que ele ficava triste. Disse-lhes também como queria ser tratado. Juntos encontraram uma solução.
Uma vez resolvido o conflito, o coelhinho branco foi para casa. Contou aos seus pais a sua aventura e como ele se poderia acalmar seguindo o conselho da Senhora Raposa, da Sra. Coruja, e do Sr. Lince. Os seus pais ouviram-no atentamente e deram-lhe os parabéns. Naquela noite, o coelhinho branco teve sonhos maravilhosos porque agora vivia num mundo onde havia um pouco mais de paz.
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